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Da onde veio esse logo? #3

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Logos. Como nascem? Como se reproduzem? Como se diferenciam? 01 – REUNIÃO DE BRIEFING / SESSÃO DE TERAPIA  Muitas vezes é assim: o cliente chega, diz qual é a área de atuação da empresa e, de vez em quando, traz alguma ideia de cor ou elemento gráfico pré-concebida. Pronto, para ele isso é suficiente para que o designer faça um desenho bonito para sua marca. Frente a essa situação, cabe ao designer começar o interrogatório em busca de informações mais densas e interessantes. Nem sempre é fácil. Muitas vezes o cliente se incomoda, visto que são grandes as chances da sabatina revelar sua falta de conhecimento relativo ao próprio negócio. Porém, mesmo em situações assim, um designer experiente sabe extrair pelo menos algo a mais, sem melindrar o ego daquele que detém o poder de pagar suas contas no final do mês. É um jogo psicológico que, quando bem executado, cria a ilusão de que foi o cliente quem deu “a grande ideia”.   02 – OLHANDO AO REDOR Não é o caso, mas nem o briefing mais detalhado e informativo do mundo é suficiente para a criação. É sempre necessário estudar o universo no qual a marca irá atuar e pensar como inserí-la nesse grupo, de forma […]
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A Marca de um País (2)

Em Janeiro de 2017, mandei um e-mail como esse, analisando a mudança de marca do governo federal na transição Dilma-Temer. Na época, a análise foi feita do ponto de vista do design, tentando ao máximo não influenciá-la com questões ideológicas. Agora, 2019, a gestão Bolsonaro apresenta seu logotipo (criado pela Secretaria de Comunicação do Governo). Sempre que uma marca de governo é modificada, chovem críticas e comentários. Nesse e-mail, apresentarei minha contribuição à discussão, seguindo a toada do e-mail anterior em que o foco é a comunicação e o design e não as qualidades dos posicionamentos políticos. Ou seja, essa é uma análise crítica à marca e não ao governo. Simpatizantes e haters de Bolsonaro, acalmem-se. Para começar, é importante colocar a marca em perspectiva. Acima encontram-se as 4 últimas marcas de nosso governo. Uma crítica corrente à marca bolsonarista cai por terra nessa comparação: o fato de ser uma marca ultra patriótica por se utilizar das cores da bandeira nacional e da palavra “pátria”. Vemos claramente que a marca da 2ª gestão Dilma tem exatamente esses mesmos dois elementos e nem por isso foi acusada de patriotismo exacerbado na época. É claro que o adjetivo “educadora” após “pátria” confere um significado totalmente diferente ao slogan, mas o fato é que a marca de Bolsonaro se […]
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Brinde, não! Merchan!

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Nesse instante, em algum lugar bem próximo de você, existe algo que você ganhou de brinde. Uma caneta com a marca de uma empresa, um chaveiro que veio junto com um produto ou aquela camiseta de campanha política que você talvez use como pijama. É normal empresas produzirem “agrados” cuja função essencial é conquistar ou fidelizar clientes. Como o tempo, muitas empresas começaram a tentar fugir dos brindes tradicionais e buscar inovação até mesmo nessa área. Como por exemplo esse par de Havaianas, brinde de final de ano que criei para a produtora de som Trilha Original.     Porém, quando falamos do mercado cultural (especialmente o musical) o tal do brinde deixa de ser um pequeno coadjuvante para se tornar parte extremamente importante do negócio. E é aí que o brinde vira merchandise, ou merchan para os íntimos. Hoje, com a situação atual do mercado musical voltada em sua maioria para o modo “independente” de negócio, a venda de produtos relacionados à música muitas vezes ocupa a posição de principal fonte de renda dos artistas. E é justamente essa importância do merchandise para os músicos que me fez usar do pensamento do design para criar os merchans dos meus projetos musicais; a ideia é que eles não apenas atraiam quem já conhece as músicas, […]
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Design tipo o quê?

Olá! Você já se deu conta alguma vez que escrever é, basicamente, desenhar? Quando escrevemos, seguimos uma lógica de desenho que tem como objetivo comunicar algo a alguém. E isso é exatamente o que um designer faz. Talvez por isso a Tipografia seja uma das áreas fundamentais do design. Criar e compor apenas com tipos (caracteres/letras) muitas vezes basta para criar um bom projeto gráfico, como nos logos abaixo, aonde a tipografia supre também o papel de símbolo:     O caractere tipográfico muitas vezes transcende sua função linguística e, com poucos ajustes, se transforma realmente em um símbolo de identidade visual. Isso acontece nos exemplos abaixo, da banda 5PRAStANtAS, do cantautor e mágico Tato Fischer, da escola de música Groove e da bebida H2OH!.     Indo além dos logos e do nicho editorial do design (diagramação de livros e revistas), os caracteres também dão vida a diversos outros projetos, como vemos a seguir na arte do CD do cantor Odair José, no cartaz de espetáculo do grupo AcordaVocal e na arte da peça de teatro Passei Hoje Corrigindo Ontem.     A Tipografia realmente é um mundo à parte dentro do design e muitas vezes pode ser a solução em um projeto de comunicação visual!   Para entrar em contato com este designer […]
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Dando nome aos bois (e aos produtos, empresas…)

Dentro das várias áreas criativas em que um designer pode atuar, sem dúvida uma das que exigem mais cuidado e sensibilidade é a arte de se nomear as coisas, ou naming para os íntimos. Delegar a um profissional a responsabilidade de nomear a sua empresa ou produto é quase como pedir a alguém que nomeie seu próprio filho (eu disse quase). Algumas empresas não dão muita bola para a importância de ter um profissional qualificado no momento da criação do nome. O nome é o ponto central de todo obranding de uma empresa/produto. Um nome ruim ou inadequado pode significar o fracasso do projeto e não há logotipo, identidade visual ou propaganda que resolva. Algumas vezes, o caminho da onde virá o naming pode aparecer de forma mais clara no projeto, como no caso da loja virtual que tem como diferencial a venda de merchandising de bandas e produtos com frases e outros grafismos relacionados à música. Assim surgiu a loja Música Gráfica. Outras vezes, o naming pode estar na re-significância e apropriação de uma palavra do próprio universo da marca. Foi esse o caso do Núcleo de Coros Universitários que ganhou o nome de Uníssono, palavra que originalmente designa o trecho aonde todas as vozes de um coral cantam a […]
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Design ‘gourmet’

Afinal, que diabos é um designer? Em tempos de designers de sombrancelha e milhares de lojas de móveis com “design” no nome (como a mítica Sylvia Design), é importante colocarmos o designer em seu devido lugar. Assim como uma pessoa que aprende a tocar algumas músicas no violão não é um músico, alguém que sabe mexer no Photoshop (ou fazer uma sombrancelha) está longe de ser um designer. Antes de ser um fazer, design é um pensar. Design tem muito mais a ver com ideia, pesquisa, estratégia e senso artísticodo que com dominar alguns programas de computador. Um bom designer é, antes de tudo, um diretor de arte. Alguém que tem a visão e sabe o objetivo daquilo que está sendo feito. E é por isso que um designer de verdade pode se aventurar em diferentes mídias. Eu me formei em um curso de design gráfico, mas sou mais designer do que gráfico. Foi meu foco no design que me fez, por exemplo, capaz de conceber a ideia e criar toda a direção de arte de alguns videoclipes, como esse abaixo.     Ser um designer “gráfico” também não me manteve preso ao mundo estático. Os mesmos conhecimentos de cores, diagramação, […]
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