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Da onde veio esse logo? #3

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Logos. Como nascem? Como se reproduzem? Como se diferenciam?

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01 – REUNIÃO DE BRIEFING / SESSÃO DE TERAPIA
 Muitas vezes é assim: o cliente chega, diz qual é a área de atuação da empresa e, de vez em quando, traz alguma ideia de cor ou elemento gráfico pré-concebida. Pronto, para ele isso é suficiente para que o designer faça um desenho bonito para sua marca. Frente a essa situação, cabe ao designer começar o interrogatório em busca de informações mais densas e interessantes. Nem sempre é fácil. Muitas vezes o cliente se incomoda, visto que são grandes as chances da sabatina revelar sua falta de conhecimento relativo ao próprio negócio. Porém, mesmo em situações assim, um designer experiente sabe extrair pelo menos algo a mais, sem melindrar o ego daquele que detém o poder de pagar suas contas no final do mês. É um jogo psicológico que, quando bem executado, cria a ilusão de que foi o cliente quem deu “a grande ideia”.

 

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02 – OLHANDO AO REDOR
Não é o caso, mas nem o briefing mais detalhado e informativo do mundo é suficiente para a criação. É sempre necessário estudar o universo no qual a marca irá atuar e pensar como inserí-la nesse grupo, de forma que ela pertença a ele e, ao mesmo tempo, destaque-se perante os demais players desse mercado.

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03 – O DESAFIO DO NOME PRÉ-DEFINIDO
Em resumo, o objetivo da empresa FORTLUZ era transmitir seu diferencial de humanização e deixar claro seus serviços prestados. O maior desafio criativo era fazer isso funcionar junto a um nome que já trazia em si significados expressivos, mas que não necessariamente combinavam com o objetivo conceitual da marca. O conceito de segurança estava lá (prefixo FORT), mas o sufixo LUZ poderia causar ruído, afinal a empresa não prestava serviços relativos à iluminação e também não havia um caminho conceitual que pudesse se conectar com a palavra LUZ de forma mais subjetiva. Um estudo mais detalhado de naming seria o ideal, mas nem sempre isso é possível. Frente à impossibilidade de adequação do nome ao conceito, é função do designer encontrar uma solução para esse desafio. Assim, se mostrava importante deixar bem claro na marca os serviços prestados pela empresa, para que não restassem dúvidas. Mas como fazer com que o sufixo LUZ tivesse algum sentido (mesmo que bem subjetivo)? A solução foi criar um link com o tratamento gráfico do símbolo; com suas cores trabalhadas de forma translúcida e que dão a impressão de estarem iluminadas por uma fonte de luz externa.

 

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04 – PELA UNIÃO DOS SEUS CONCEITOS, EU SOU O CAPITÃO LOGOTIPO
O título desse parágrafo só faz sentido para quem assistiu o desenho Capitão Planeta no Xou da Xuxa na década de 90 (ou em suas reprises posteriores). Dito isso, é importante destacar que um bom logo não é necessariamente fruto de apenas uma grande ideia. Grande parte das vezes, sua força conceitual vem justamente da boa amarração de vários elementos conceituais. No caso da FORTLUZ, temos as 3 cores (o azul sólido, o verde-água da limpeza e o lilás mais aconchegante), os 3 personagens (o porteiro, o segurança e o profissional de limpeza), o formato do brasão no corpo dos personagens, a tipografia (sólida mas não rígida) e, claro, a assinatura com os serviços. No fim, temos uma imagem conceitual sólida, como um quebra-cabeças bem montado. Cada peça é percebida, mas o que importa mesmo é o todo criado pela correta união das mesmas. E você, o que achou desse logo?

 

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